segunda-feira, 2 de julho de 2012

Mais uma de amor

Quando eu resolvi amar, eu não sabia que estava dizendo que estaria disposta a passar o domingo a noite brigando e a madrugada abraçado, que aceitaria coloca-lo no colo quando quem precisava de colo era eu,  que não me importava em acordar a noite por conta de uma respiração forte, que não me incomodava em não ir pra onde eu queria, pra fazer a vontade dele. Que estava dizendo que não me importava em beber néscau, mesmo quando preferindo toddy, que não me importava em ter de ouvir grosserias mal ditas, pra depois receber um beijo apaixonado junto com um pedido de desculpas. Não sabia que estava deixando de lado meu mundo, pra entrar no mundo dele, que estava deixando de lado meu sono, pra cuidar do sono dele. Não sabia que estava dizendo que conseguiria aguentar com um sorriso os dias de mau-humor dele, que teria paciência nas impaciências dele... que veria perfeição em cada imperfeição dele...
Não sabia que mesmo se eu soubesse de tudo isso, eu ainda iria querer cada pedaço. E muito menos sabia, que seria retribuída, em cada centímetro, de tudo que eu fiz por ele.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Tenha mais uma péssima noite de sono.

Eu já não escrevo mais, eu já não canto mais, eu já não grito mais, eu já não ouço mais, eu já não vejo mais... mais nada. A vida tem me tomado muito tempo, e eu já não tenho tempo pra vida. Onde foi parar todo mundo? Ou será que devo me perguntar onde eu fui parar? As pessoas vêm e vão, eu já me conformei (ou quase isso), mas algumas delas eu pensei que não iriam. E as que ficaram, é como se não estivessem aqui. Acho que escondi todos os meus sonhos e sentimentos tão bem, que nem eu mesma consigo encontrar mais. As vezes penso que eu deveria separar as prioridades na minha vida, mas ela anda tão monótona que praticamente não tenho muitas coisas pra disputar o primeiro lugar. Tudo nas pessoas me machuca. Suas histórias, suas vontades, as ruas por onde passaram, os ventos que as trouxeram aqui. Mas tudo isso dentro dessa cabeça confusa, não passa de balela pra quase todo mundo, e eu prefiro que seja assim. Mudar a opinião de alguém seria só mais um esforço em vão, dentro dos tantos que eu já me cansei de ter.

Tenha mais uma péssima noite de sono.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Quando não se sabe o nome

Sou o silêncio que você quer calar com as palavras ásperas que eu não quero escutar. Sou a noite linda, que não quer amanhecer escorrendo nesse trágico fim que você tem a me oferecer. Somos juntos talvez, o abraço e o desapego, o sorriso e a despedida. Aquilo que não se pode terminar... porque nunca teve um real começo. O acaso de duas vidas, que quiseram se atrapalhar. Eu sou a incerteza do querer, que colidiu com sua ausência certa. Você é a ressaca que não passa, eu sou sua doença sem cura. Somos o veneno que não mata, a estrada que não termina, a insanidade que não se acaba. Você é a insônia que me abraça toda noite, eu sou a canção que te faz dormir. Somos o texto rabiscado nas ultimas paginas do caderno, somos o verso que faltou o ponto final. Juntos somos o cansaço dessa rotina tumultuada. E talvez possamos ser distantes, o que não conseguimos ser de mãos dadas.

domingo, 24 de abril de 2011

prometo não perder o telefone

Não quero, nem penso em insistir em algo que nunca nem chegou a existir. Não vou, fique tranquilo, te perturbar nas minhas noites de carência. Porque de alguma forma, tenho me sentido bem só mesmo em lembrar de você e sua voz rouca rindo de mim e do meu jeito atrapalhado, seu cheiro estranho de cigarro misturado com o sabonete no seu cabelo, seus complexos e ciúmes sem sentido, seu jeito escuro de demonstrar interesse. Eu sabia que você ia acabar desaparecendo mesmo, e acho que foi isso que me despertou tanta curiosidade em você. Sabia que começar algo em um fim não dá certo, não tem lugar pra começar. E não me importo, e quase não lembro, se foram passadas, três horas, três dias, três meses, ou três anos. Me perco na intensidade e não no tempo concreto. Me perco no que eu sinto, não no que me privo de sentir. Me perco... me perco. Queria me perder em você. Se algum dia resolver se perder em mim de novo, me liga. Prometo não perder o telefone.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Quero aprender a escrever.

Não quero escrever sobre coisas que desconheço, com palavras que desconheço. Não quero escrever mil linhas que para os outros vão soar inteligentes e para mim soará só um vazio. Não quero escrever coisas que parecem complexas e na verdade não fazem nenhum sentido. Quero escrever sobre mim, sobre o que sinto sem querer ou sobre o que quero me fazer sentir. Quero entender o que escrevo, ou ao menos entender o que eu queria dizer mas não disse. Quero respirar uma frase que faz parte de mim, com meu cheiro, não com o seu ou de qualquer outra pessoa. Pode ter algo de alguém, mas se tiver, é porque esse alguém também faz parte de mim. Quero conhecer cada vírgula, parar em cada ponto, descobrir a continuação de cada reticência. Quero muito, quero aprender a escrever, aprender a escrever o que eu já escrevo.

quarta-feira, 23 de março de 2011

j ² < 3 = ?

O pior é saber que sentimentos não são tipo uma equação matemática, não é algo que simplesmente se "resolve", se fosse eu juro que mudaria minha área pra exatas! Pra tentar entender porque passamos anos nos fazendo de fortes, nos desviando das pessoas que parecem perigosas e quando percebemos, em tão pouco tempo, estamos ali, entregue a uma incógnita. Mesmo eu, que não sou boa com cálculos preferia que fosse assim, pra ver se facilitava, pra ver se descomplicava um pouco essa sua cabeça e me deixava entender porque você recua tanto, no único momento que eu não quero mais recuar. Entender porque seu 1+1 é igual a 2 e o meu é sempre 1, porque você só multiplica suas frustrações enquanto eu tô aqui tentando dividir... Ah, o problema deve mesmo ser eu né? Eu sempre repeti em matemática...

j ² < 3 = ?
não sei resolver, mas o resultado é merda, isso eu sei.

terça-feira, 22 de março de 2011

Esperança?

Então a esperança é a última que morre? Isso significa então que ela só morre depois que todos os sentimentos já morreram? Então pra que esperança se não terá mais nada pra se esperar?